domingo, 5 de abril de 2009

DESPERTANDO A CRIATIVIDADE




Quando queima a lâmpada, ou o chuveiro, o que fazer? "Eu troco sozinha”, diz uma mulher.
"Eu chamo um homem para arrumar", comenta outra.

Tiana também ficou em apuros quando alugou o salão de beleza. Faltavam tomadas e até o encanamento.

A solução para esses problemas, Tiana encontrou num anúncio de jornal. Na seção de classificados, ela achou a pessoa certa para fazer os reparos. Decidiu contratar os serviços de um marido de aluguel.
O nome era sugestivo. “Quando eu anunciei no jornal estava assim: marido de aluguel e embaixo manutenção elétrica e hidráulica”, conta José Leonardo, eletricista.

O marido de aluguel José Leonardo chegou em pouco tempo para socorrer a cabeleireira. Instalou lavatório, ventilador, tomada e televisão. Um casamento perfeito, que o marido dela nem desconfia que existe.

“Ele não sabe, sabe que eu contratei um eletricista, mas nem sabe que é marido de aluguel”, revela.

José Leonardo é um dos 4,5 milhões de eletricistas, pintores, encanadores que são autônomos no Brasil, segundo o sindicato nacional dos trabalhadores da construção civil.

Ele perdeu o emprego numa transportadora e encontrou nesta profissão a chance de enfrentar este momento de crise. Só está há dois meses neste trabalho de marido de aluguel, mas até agora não ficou um dia sem serviço.

Ele é um faz tudo do lar. Atende uma média de três clientes por dia e não é só mulher não.

Sem tempo por causa de tanto trabalho, o funcionário público Jorge, não pensou duas vezes para contratar um marido de aluguel.

“Isso é comum em grandes cidades, eles se intitularem marido de aluguel, a gente sabe que é para fazer trabalhos domésticos mais urgentes”, comenta Jorge Mota, funcionário público.

A mulher dele não vê problema neste trabalho, mas vai logo avisando. “Essa parte de aluguel é em relação ao serviço da casa, não em relação a outro serviço, então quanto a isso não tem problema”, afirma ela.



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